As naves balançam suas velas
no horizonte ferido
e escrevem suas poesias nas águas;
o coração dança em queda livre
o seu último tango
o seu último gemido
e olha as velas com seus olhos míopes
e sabe que os dias se foram
e a história é triste
e o sentimento tardio
e que a vida se encolhe
dentro do caramujo dos anos
inevitavelmente cinza
visivelmente paralítica.
(Eunápolis/Ba/06:03hs)

publicado por Antonio Medeiro às 09:31