Abra os olhos, acorde,
sinta nos lábios o roçar dos meus,
escute, lá fora, no passar da noite,
o apito do guarda,
o miado do gato,
a mostrarem o instante do reviver.
Ajuste o compasso,
calcule a trajetória
e trace nesse beijo a parábola da vida,
depois levante-se, assim,
que não é hora
de demonstrar nos olhos a dor infinda.
Abrace-me! Beije-me!
Faça-me seu!
Olhe agora para minha face,
murmure comigo a palavra mágica;
agora deite-se, feche os olhos,
durma!
e aguarde o encanto dessa cena.
.
TõeRoberto