Homens&Pássaros

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Segunda-feira, 25 / 01 / 10

O viver

Viver é o barato supremo.

Apesar de todas as mazelas da vida: das suas idas e vindas, das suas dores, a vida é algo extraordinário.

Sempre digo: só por você ter visto:

O pôr-do-sol na Praia do Jacaré, na Paraíba;

O luar que eu vi em São José da Coroa Grande, em Pernambuco;

A Praia do Amor, na Pipa, no Rio Grande do Norte;

O casario colonial, em Minas;

A Lagoa Azul, em Jericoacoara;

A Praia de Trancoso, na Bahia;

O Rio São Francisco, em Alagoas/Sergipe;

A beleza da Ilha Grande, no Rio de Janeiro;

A Praia de Santiago, em São Paulo;

O Rio Araguaia, em Goiás;

O Vale do Itajaí, em Santa Catarina;

O Pantanal, em Mato Grosso;

As Esculturas de Vila Velha, no Paraná;

As dunas de Itaúnas, no Espírito Santo;

A arquitetura de Niemeyer, em Brasília, já valeu a pena viver.

Isto é só uma amostra: poderia listar milhares de lugares que estão por aí e, por si só, são um espetáculo à parte.

Poderia justificar, ainda, o barato de viver com outras centenas de argumentos, por exemplo:

O nascimento do primeiro filho;

Assistir a um FlaFlu no Maracanã;

Ler o Homens&Pássaros;

Comer uma feijoada, com uma bela caipirinha;

Ler um poema do Drummond;

Ouvir uma boa música do Chico;

Assistir Cinema Paradiso;

Pescar sozinho;

Encontrar 'aquele' amigo desaparecido;

Dar de cara com o Grande Amor;

Ver o Bush se foder;

Cultivar um Jardim;

Lutar contra a miséria e o preconceito;

Escrever um poema e plantar uma árvore;

Ver o primeiro filho dar o primeiro passo.

Não importa o andamento da vida. Ela, nem que tenha sido por apenas um segundo, encanta e deixa a gente com aquela sensação de que qualquer maneira de viver vale a pena.

Seja na normalidade, na riqueza ou na miséria a vida sempre tem alguma coisa a mais a nos oferecer, nem que seja apenas o sorriso de uma criança, o desabrochar de uma flor ou uma daquelas tardes ensolaradas acompanhada daquela chuva fria, fina e clara que, em Minas - quando acontecia - dizíamos:

"Sol e chuva/casamento da viúva/chuva e sol/casamento de espanhol".

Um brinde à vida!

Cuidado com ela: só existe uma!

.
TõeRoberto

publicado por Antonio Medeiro às 05:00
Sexta-feira, 17 / 10 / 08

CINEMA PARADISO

Textos Escolhidos

 

Um cineasta de sucesso retorna à sua cidade natal quando avisado da morte de um grande amigo seu do passado.

Um amigo que o ajudou a se apaixonar pelo cinema.

A partir desse enredo simples o personagem volta à sua infância e nos mostra um filme onde você chora, ri, reflete, ama, se apieda, fica irado, apaixonado e... com uma sensação de vazio.

Dirigido por Giuseppe Tornatore, estrelado por Philippe Noiret, Salvatore Cascio, Jacques Perrin, entre outros; com música de Ennio Morricone, produção italiana, lançado em 1988, Cinema Paradiso é um verdadeiro hino de amor à 7ª arte.

O Cinema Paradiso também faz parte da minha vida.

Eu também tive o meu Cinema Paradiso.

O meu Cinema tem muita influência dos italianos (até fizeram filmes na minha cidade).

A sala de projeção do Cinema Paradiso é exatamente igual à do meu Cinema.

O projetor preto (fico pensando se não é da mesma marca); os cartazes dos filmes colados nas paredes da escada e da sala; as contínuas interrupções do filme; o projecionista. Tudo igual!

Até a censura dos filmes do Cinema Paradiso era igual à do meu Cinema: feita pelo padre da cidade.

No meu Cinema os únicos filmes livres eram os do tipo Mazaroppi, Marcelino Pão e Vinho e Paixão de Cristo.

O resto, na sua maioria, tinha censura.

O padre do Cinema Paradiso tinha problemas com beijos: cortava todas as cenas, não existiam beijos nos filmes do Cinema Paradiso.

O do meu Cinema não cortava só beijos: cortava pernas, seios, diálogos, lutas, tiros, entre outras coisas.

Os filmes do meu Cinema também eram mutilados pela censura.

Hoje, lembrei-me do filme e da censura.

Da censura do filme e à que fomos submetidos por mais de duas décadas.

Comparei as duas e cheguei à conclusão: todo tipo de censura é abominável, mas aquela do Cinema Paradiso e do meu Cinema chegava a ser lúdica, inocente... engraçada; mas insensatas e absurdas como todas as censuras.

Assista ao filme, você vai se apaixonar.
.
(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
Post in Jampa/PB

música: Cinema Paradiso - Dulce Pontes&Enio Morricone
publicado por Antonio Medeiro às 04:08
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