Outro dia reuni em casa alguns amigos antigos - sempre presentes.
Outros novos - começando a ficar presentes.
Outros antigos - ausentes.
E muitos outros - ausentes, mas presentes no meu coração.
Conversamos, rimos, comemos, bebemos, tocamos, cantamos e passamos um dia tranqüilo.
No outro dia, e nos dias seguintes, percebemos - todos nós - a enorme satisfação que foi ter participado daquela reunião de amigos.
Como em apenas um dia - embora não tenhamos percebido - alguma coisa mudou em nós.
Passamos um x sobre alguma coisa ruim de nós e tiramos um y de sobre uma coisa boa de nós.
Estar com amigos - segundo uma pesquisa - aumenta a nossa expectativa de vida.
Estar com amigos é se sentir importante - não no sentido pejorativo - pleno, reconhecido, amado, lembrado, acariciado no ego.
É um estar sempre aprendendo.
Sempre ensinando.
É rir, sorrir, gargalhar abertamente sem neuras ou preconceitos.
É falar palavrão, meter o pau no governo, fofocar a vida de gente chata, fazer planos para o futuro.
Estar com os amigos é estar num momento encantado, dentro de um livro mágico, onde o ser humano é perfeito.
E quando nós - os amigos - estamos juntos, somos realmente perfeitos.
Eu gosto muito de fazer isto.
Faço sempre.
Onde quer que eu tenha vivido, sempre carrego alguns amigos a tiracolo - e eles a mim.
E vou vivendo.
E vou me arrepiando pela vida afora.
E vou encorpando cada vez mais a minha capacidade de amar, de perdoar, de me apaixonar.
Os amigos são instrumentos fantásticos para este tipo de aprendizado.
E estão sempre presentes, mesmo estando ausentes.
E vivos.
E apaixonados.
E disponíveis.
E aí turma do Brasil afora - vocês sabem com quem estou falando.
Quando vai ser a nossa próxima farra?
Saudades - verdade seja dita - é o que não falta por aqui.
Nem falta de disposição para a próxima.
Já comprei a macaxeira e o camarão para o próximo Robobó.
E a cerveja!
Um abração pra todo mundo!