A mulher e a caipirinha

o demônio e o inferno

dentro de mim.


Ninguém me mataria hoje

ninguém me beijaria

ninguém me cuspiria

ou xingaria minha mãe.


Ninguém sabe

mas há muito tempo

a vida não termina hoje

nem amanhã

quem sabe no mês que vem.


Não me importo:

amor, posição, dinheiro

as três estações do homem

ninguém sabe, nem saberá!


A noite comprida

esta rua estreita

ninguém sabe o que será.


Sejamos compreensivos

com esta lua alcoólica.


Vem comigo

a mulher espera

com as tetas...
e o cigarro na boca.

Ninguém sabe

mas a mulher espera

há mil e novecentos anos

ela espera que a gente entenda

que nas tetas malabaristas

está escondida a vida.


Ninguém sabe, nem saberá!

 

TõeRoberto

publicado por Antonio Medeiro às 20:11