A maioria das pessoas que conheço se vangloria do amor, do relacionamento... da vida.


São os tais!


Têm tudo sobre controle!


A relação com o companheiro/companheira, rebeldia dos filhos, falta/excesso de dinheiro, estilo de vida.


São extremamente competentes em tudo que se relaciona à convivência homem/mulher, homem/sociedade, eles com eles mesmos.


São verdadeiras fontes de competência e equilíbrio.


O que acontece comigo?


Tudo é tão díficil!


Enxergo a maioria das pessoas infelizes, inclusive eu, minha companheira, meus filhos, meus amigos.


Falta algo no relacionamento humano; muito no familiar.


Parece que tudo é ensaiado e todos os passos e atitudes são previsíveis.


Parece que temos um contrato virtual onde fazemos de conta que não temos problemas.


E temos que parecer felizes, principalmente depois que plantamos uma árvore, temos um filho e escrevemos um livro.


E o sistema se sustenta!


Agradece!


Amanhece mais forte a cada segunda-feira.


E cria fantasias, felicidades subliminares escondidas na feiura da sua beleza metafórica.


E vamos destilando a nossa felicidade amarga nas faturas dos cartões de crédito, nos paredões do BBB, na nossa responsabilidade forçada, no faz de conta que está tudo bem.


E vamos nos locupletando nas conversas atravessadas deste grande idiota que é igualzinho a todos vocês.


Acredita em passarinhos verdes.


Acredita na beleza inadiável do futuro.


Acredita que o ser humano é encantado.


Que já encontrou o seu Shangri-La...
 

Só que não sabe como abrir a porta.


TõeRoberto

publicado por Antonio Medeiro às 18:07