Aposto que você pensava:
 

Eu sou homem; ela, mulher; eu sou macho; ela, fêmea; eu posso, ela não pode!


Que você desfilava o seu perfil:


Macho, gostoso, bonitão; eu posso, eu faço; ela não faz.


Era assim?


Era!!!


Hoje, meu caro, quem vai pro terapeuta é você.


O posso, o faço, o mando, o desmando, o como, o não como já eram.


Além do mais, hoje em dia, ela também gosta da sua bundinha.


Independente, gostosa, bonita, feia:


Ela pode, ela faz, ela não faz; manda, desmanda, dá, não dá.


Agora é assim!


Você é um adendo... um adorno.


A fêmea avança.


Você se encolhe com essa merdinha/merda/merdona que tem no meio das pernas - não importa o tamanho, a insegurança é a mesma -, e tenta esconder o constrangimento, cada dia pior.


Porque ela, a fêmea, aprendeu que o seu pedacinho do céu é perfeito:


Insaciável, renovável, incansável, lavável, cobiçável...


Às vezes amedrontador e, por tabela, broxador.


E vamos ficando obsoletos; o nosso futuro é o esquecimento.


Ainda vamos no transformar em peças de museu.


Porque agora, meu amigo, nem pra pagar o cabeleireiro e reproduzir ela precisa de nós.


Mas ainda assim, com toda a justiça do mundo, nos resta uma saída:


A maravilhosa, fantástica, humana e libertária punheta.


Saravá!!!


TõeRoberto

publicado por Antonio Medeiro às 18:03