A mulher e a caipirinha
o demônio e o inferno
dentro de mim.
Ninguém me mataria hoje
ninguém me beijaria
ninguém me cuspiria
ou xingaria minha mãe.
Ninguém sabe
mas há muito tempo
a vida não termina hoje
nem amanhã
quem sabe no mês que vem.
Não me importo:
amor, posição, dinheiro
as três estações do homem
ninguém sabe, nem saberá!
A noite comprida
esta rua estreita
ninguém sabe o que será.
Sejamos compreensivos
com esta lua alcoólica.
Vem comigo
a mulher espera
com as tetas...
e o cigarro na boca.
Ninguém sabe
mas a mulher espera
há mil e novecentos anos
ela espera que a gente entenda
que nas tetas malabaristas
está escondida a vida.
Ninguém sabe, nem saberá!
TõeRoberto