A poesia, na noite,
ronda a vida
como um animal acuado.

Ouço, com medo,
em silêncio,
o seu caminhar lá fora.

O coração, história nenhuma,
contenta-se em gemer
ao ritmo do rugido da fera.

E tudo é uma história,
um sentido incrustado nos ossos,
um sono de dormir noite nenhuma,
um perder-se na noite dos tempos,
um derramar-se sem abraços
no final da grande farsa.
(Eunápolis/Ba/06:15hs)

publicado por Antonio Medeiro às 10:33