Assunto: Boxe.
Ídolo: Éder Jofre.
Categoria: Pesos Galo e Pena.
Quantidade de lutas: 78 lutas.
50 vitórias por nocautes, 22 por pontos, 04 empates, 02 derrotas.
Títulos: - Campeão da Forja de Campeões (amador) - 1953; Campeão Brasileiro dos galos - 1958; Campeão Sul-americano dos galos - 1960; Campeão Mundial da AMB (Associação Mundial de Boxe) dos galos - 1960; Campeão Unificado (títulos pelas federações americanas e europeias) dos galos - 1962; Campeão Mundial dos penas pelo CMB (Conselho Mundial de Boxe) - 1973.
Não gosto desse tipo de esporte. Sou meio fresquinho: não gosto de violência.
Nada sei a respeito da índole, do caráter e do posicionamento de Éder Jofre no mundo. Só quero falar do esportista Éder Jofre.
E vou dar a mão à palmatória: Éder Jofre é um verdadeiro ídolo nacional. Daqueles que se fazem ralando a cara no chão.
Existisse o Galvão Bueno na época a gente tava ferrado: "ÉÉÉÉÉDEEEEERRRRR JOOOOOFREEEEE do Brasil. Aguenta coração!"
O sujeito era desaforado e foi, segundo a imprensa, roubado nas 02 derrotas que sofreu para o japonês Harada.
É aí que quero chegar:
Ano: 1965 - 17/05 - segunda-feira.
Eu: 13 anos, cursava o ginásio.
Palco: Nagoya, no Japão.
Luta: Éder Jofre x Masahiko Harada
Pega: 15 assaltos.
Horário: Não sei exatamente, mas pelo fuso horário à noite no Japão e de manhã no Brasil.
Resultado da luta: Éder Jofre perde por pontos.
Mesmo numa época em que comunicar-se não era coisa fácil, a notícia correu rápida. O que se viu foi um país consternado com a derrota do seu ídolo.
Na minha escola, pelo menos, as aulas foram interrompidas e fomos mandados para casa, tamanho a revolta e o desapontamento das pessoas.
Existisse Galvão Bueno naquela época, ele tinha se matado.
O Brasil já foi um país de colhões.
Hoje, em matéria de esporte, grande parte dos ídolos do Brasil são filhos dos 'Galvões Buenos' da vida.
A identidade nacional fica na ponta da chuteira - não, na ponta da língua do grande galanteador do patriotismo nacional.
Éder Jofre é uma lenda no esporte brasileiro. Realmente defendeu as cores do Brasil com o sangue do seu rosto.
Merece todas as honras nacionais como esportista.
E o Galvão Bueno ganharia muito mais prestígio e dinheiro como pastor: Deus é um Ídolo que nunca morre.
'Ídolos' não é o que ele mais gosta?
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TõeRoberto-post in férias por aí/br